(Curso-Anti-Hacker)
(Curso-Anti-Hacker)
Segurança
Tecnologias
Anti-Hacker
presentação do Curso
O Objetivo do curso é levar aos alunos o conhecimento sobre invasões
de computadores, desde o motivo até a solução, passando por vulnerabilidades
e como torná-las sem efeito. Inclui também conceitos básicos de rede e de
comunicação de dados.
O Curso
Durante o curso será apresentado material sobre hackers, como agem e
o que querem, como se proteger e como detectar um invasor. Serão mostrados
alguns fatos acontecidos no mundo da segurança, algumas histórias de hackers
famosos e o que lhes aconteceram, bem como algumas histórias dos
bastidores.
Opinião
Sobre os Hackers
“Conheça seu inimigo como a si próprio, e
elabore sua estratégia de defesa e ataque
baseadas em suas vulnerabilidades.”
O perfil típico do hacker é: jovem entre 15 ~ 25 anos, com amplo
conhecimento de redes, conhecimento de programação (geralmente em
linguagens como C, C++, Java e Assembler). Contudo, existem diversos tipos
de “hackers”, dos que possuem mais experiência para os que apenas “copiam”
furos de segurança explorados por outros hackers.
Temos:
White-Hats
Os white-hats são os hackers que explorarm problemas de segurança
para divulgá-los abertamente, de forma que toda a comunidade tenha acesso à
informações sobre como se proteger. Desejam abolir a “segurança por
obscuridade”, que nada mais é do que tentar proteger ou manter a segurança
pelo segredo de informações sobre o funcionamento de uma rede, sistema
operacional ou programa em geral. Seu lema é o “full disclosure”, ou
conhecimento aberto, acessível a todos.
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Black-Hats
Ao contrário dos white-hats, apesar de movidos também pela
curiosidade, usam suas descobertas e habilidades em favor próprio, em
esquemas de extorsão, chantagem de algum tipo, ou qualquer esquema que
venha a trazer algum benefício, geralmente, e obviamente, ilícito. Estes são
extremamente perigosos e difíceis de identificar, pois nunca tentarão chamar a
atenção. Agem da forma mais furtiva possível.
Crackers
As denominações para os crackers são muitas. Alguns classificam de
crackers, aqueles que tem por objetivo invadir sistemas em rede ou
computadores apenas pelo desafio. Contudo, historicamente, o nome “cracker”
tem uma relação com a modificação de código, para obter funcionalidades que
não existem, ou de certa forma, limitadas. Um exemplo clássico são os diversos
grupos existentes na Internet que tem por finalidade criar “patches” ou mesmo
“cracks” que modificam programas comerciais (limitados por mecanismos de
tempo por exemplo, como shareware), permitindo seu uso irrestrito, sem
limitação alguma.
Phreakers
Apesar de muitos considerarem um cientista russo chamado Nicola Tesla
(que na virada do século realizava experiências assutadoras – até para os dias
de hoje – com eletricidade) como o primeiro hacker da história, os primeiros
hackers da era digital (ou seria analógica ?) lidavam com telefonia. Sua
especialidade é interferir com o curso normal de funcionamento das centrais
telefônicas, mudar rotas, números, realizar chamadas sem tarifação, bem como
realizar chamadas sem ser detectado (origem). Com a informatização das
centrais telefônicas, ficou inclusive mais fácil e acessível o comprometimento de
tais informações. Kevin Mitnick, considerado o maior hacker de todos os tempos
(veremos que nem tanto – a mídia excerceu uma influência decisiva), era um
ótimo phreaker. Na fase final de sua captura, quando os agentes de governo
ajudados pelo Tsutomu Shimomura estavam chegando a um nome, ele
conseguia enganar as investigações através do controle que tinha da rede de
telefonia da GTE (consessionária telefônica dos EUA).
Wannabes
Os wannabes ou script-kiddies são aqueles que acham que sabem, dizem
para todos que sabem, se anunciam, ou divulgam abertamente suas
“façanhas”, e usam em 99% dos casos scripts ou exploits conhecidos, já
divulgados, denominados “receitas de bolo”, facilmente encontradas em sites
como “www.rootshell.com”, ou “xforce.iss.net”. Estes possuem relação direta
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com a maioria dos usuários da Internet Brasileira. São facilmente encontrados
em fórums de discussão sobre o tema, e principalmente no IRC. A maioria não
possui escrúpulo algum, portanto, tomar medidas de cautela é aconselhável. Os
wannabes geralmente atacam sem uma razão ou objetivo, apenas para testar
ou treinar suas descobertas, o que nos torna, usuários Internet, potenciais
alvos.
Exemplo / Estudo de Caso: “TakeDown”
Para entender melhor o que pensa um típico black-hat, um phreaker, e
um white-hat, analisemos o caso de Kevin Mitnick e Tsutomu Shimomura.
Kevin Mitnick a um bom tempo (meados dos anos 80) já havia sido
investigado pela polícia, por atividades ilícitas ligadas a segurança de
computadores, sempre relacionadas a sua atuação como hacker. Por volta de
1992 ~ 1994, Tsutomu Shimomura e outro hacker conhecido, chamado Mark
Lotto, desassemblaram o código do sistema operacional de um celular da OKI.
Tsutomu em si trabalhava como consultor para a Motorola. Ninguém sabe ao
certo o que fez o Kevin tentar invadir as máquinas de Tsutomu, contudo, a
comunidade tem uma certeza: não foi uma ataque simples, foi algo planejado.
Tudo indica que o objetivo de Kevin era conseguir obter os códigos fonte dos
celulares que Tsutomu possuía, para posteriormente vendê-los.
Tudo começou quando ele conseguiu controlar as centrais telefônicas da
GTE. Kevin discava de um celular, e raramente de casa, de uma cidade
chamada Raleigh, na Carolina do Norte, USA. Assim, invadiu as máquinas de
um provedor chamado The Well, que usava para ter acesso a Internet. Ele usou
como ponto de partida os servidores do “The Well” para o ataque. Enquanto
isso, aproveitou seu acesso “invisível” através do “The Well” para invadir um
outro provedor, chamado NetCom, de onde roubou milhares de cartões de
crédito. Após isso, invadiu uma máquina em toad.com. De lá, iniciou o ataque à
rede de Tsutomu Shimomura. Através de um antigo exploit do finger, e usando
um pouco de port scanning, ele conseguiu descobrir que uma máquina de
Tsutomu, chamada Ariel, tinha uma relação de confiança com outra máquina na
rede de Tsutomu. Ele tirou esta máquina do ar (através de um ataque do tipo
DoS), utilizou uma técnica chamada IP Spoofing, para a máquina Ariel “pensar”
que estava sendo acessada pela máquina na qual confiava. Daí pra frente, ficou
fácil. Observe que Kevin usou de uma série de artifícios para não ser detectado,
desde a sua ligação telefônica até seu acesso aos computadores de Tsutomu, e
que sua motivação também era financeira.
Tsutomu conseguiu chegar a Kevin devido a um rastro deixado em Ariel.
Nela, algumas informações apontavam para a máquina em quem confiava,
contudo, como isso poderia ocorrer, uma vez que a mesma estava fora do ar ?
Descobriu então, que as conexões tinham partido de toad.com. Assim, iniciou
uma caçada que vários meses depois, chegou em Raleigh, e culminou com a
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captura do Kevin (com ajuda do FBI) em fevereiro de 1995, através do sinal de
seu celular, que usava para se conectar.
O mais interessante de tudo é que Kevin não era especialista em UNIX
(sistema usado por Tsutomu, pelo toad.com, pela Well). Ele era na verdade
especialista em VMS / VAX, um sistema da Digital. Ele parecia ter profundos
conhecimentos sobre sistemas da Digital. Tudo indica que Kevin seguiu várias
dicas de alguém em Israel, que até hoje, ninguém coseguiu identificar. Kevin
forneceu várias informações sobre como invadir sistemas VMS / VAX, e recebeu
as dicas de como usar o IP spoofing, que, na época, era uma técnica recente,
nunca testada, apenas discutida academicamente.
Existe um site na Internet que possui um log demonstrando até a sessão
de telnet que Kevin usou, algumas chamadas que ele teria realizado para o
Mark Lotto, demonstrando seu interesse pelo código fonte dos celulares, e
algumas gravações da secretária telefônica do Tsutomu, que supostamente,
teriam sido feitas pelo Kevin . O site pode ser acessado em:
https://www.takedown.com
Existem também dois livros que contam a história. Um, com a visão e Kevin,
escrito pelo Jonattan Littman, e outro, com a visão de Tsutomu, escrito pelo
John Markoff em conjunto com ele. Este último possui uma edição nacional,
pela Companhia das Letras. Chama-se “Contra-Ataque”. O livro escrito pelo
Littman chama-se “The Fugitive Game: online with Kevin Mitnick”. Ambos os
livros podem ser encontrados online, em livrarias como Amazon.com, por
menos de 20 dólares cada.
Kevin Mitnick foi solto em 21 de janeiro de 2000, e está sobre condicional.
Boatos dizem que o governo Americano está usando Kevin Mitnick como
consultor de segurança.
Ninguém sabe o paradeiro de Tsutomu Shimomura.
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2. Entendendo Redes e a Internet
Introdução em Redes
Conceito de Redes
As redes de computadores foram criadas a partir da necessidade de se
compartilhar dados e dispositivos. Com a distribuição do dado, valioso ou não,
tal ambiente passou a ser alvo de um estudo de vulnerabilidades, tanto por
parte dos administradores conscientes, quanto por potenciais ameaças
(sabotagem ou espionagem industrial por exemplo).
Contudo, para que a comunicação de dados ocorra entre computadores,
é necessário que uma série de etapas e requisitos sejam cumpridos. Podemos
dividir a comunicação em rede, didaticamente, em 4 camadas: a parte física
(meio de transmissão placas de rede, cabeamento...), a camada de
endereçamento / roteamento (responsável pelo endereçamento e pela escolha
do melhor caminho para entrega dos dados), a parte de transporte (protocolo
de comunicação responsável pelo transporte com integridade dos dados), e a
camada de aplicação (que faz interface com o usuário). Se algum elemento de
alguma destas camandas falhar, provavelmente não haverá comunicação.
TCP/IP
O TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol), é uma
pilha de protocolos que vem sendo modelada a décadas, desde a criação de
uma rede chamada ARPANET, em meados dos anos 60, nos EUA. Ao contrário
do que muitos acham, não é apenas um protocolo de comunicação, mas uma
pilha deles. Essa pilha de linguagens de comunicação permite que todas as
camadas de comunicação em rede sejam atendidas e a comunicação seja
possível. Todas as pilhas de protocolo, de uma forma ou de outra, tem de
atender a todas as camadas, para permitir que os computadores consigam
trocar informações.
Podemos fazer uma analogia de uma pilha de protocolos com a
comunicação verbal. Se alguém fala com outra pessoa, e esta o entende, é
porque todas as camadas para que a “fala” seja entendida foram atendidas.
Imagine que, para que duas pessoas se comuniquem verbalmente, será
necessário:
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1. que ambas saibam o mesmo idioma
2. que ambas tenham toda a estrutura fisiológica para que emitam som
(voz – cordas vocais, língua, garganta, pulmões, etc.)
3. que ambas possuam toda a estrutura fisiológica para que ouçam o som
(orelha, ouvido interno, tímpanos, etc.)
Nesta pilha de protocolos, temos como mais importantes:
ARP (Address Resolution Protocol)
O ARP é o protocolo responsável pelo mapeamento ou associação do
endereço físico ao endereço lógico, de computadores numa mesma rede. Ele
faz isso através do processo exemplificado no tópico anterior.
IP
O Internet protocol é o responsável pelo endereçamento lógico de
pacotes TCPIP. Além disso, é responsável pelo roteamento destes pacotes, e
sua fragmentação, caso a rede seguinte não possa interpretar pacotes do
mesmo tamanho. O mais importante para entendermos o funcionamento do IP
é entender como é feito seu endereçamento lógico.
Um endereço IP é algo parecido com isto:
200.241.236.94
Apesar de aparentemente não ter muita lógica, este endereço contém
uma série de informações. A primeira delas é que, neste número estão
presentes a identificação da rede na qual o computador está ligado, e o seu
número, em relação a esta rede. Detalhe: o computador NÃO interpreta este
número acima como 4 cadeias decimais separadas por pontos (esta
representação é apenas para tornar nossas vidas mais fáceis). Ele entende
como 4 octetos, ou 4 campos de 8 bits:
11001000.11110001.11101100.01011110
Algumas conclusões e fatos sobre endereços IP:
1. QUALQUER endereço iniciado por 127, é considerado endereço de
diagnóstico, e representa sua própria interface (também chamado de
loopback);
2. O endereçamento IP usado hoje é chamado de IP versão 4. O número
de endereços IP em uso preocupa vários especialistas. Um dos
projetistas da pilha, Vincent Cerf, previu que até 2008, todos os
endereços estarão em uso. Para isso, já existe em funcionamento uma
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nova versão, chamada de IP versão 6, que terá como endereçamento
128 bits, ao invés dos 32 bits do IP versào 4;
3. Para entender as vulnerabilidades e como funciona a maioria dos
mecanismos de ataque e defesa, é necessário enteder o conceito básico
do endereçamento IP;
4. A pilha TCP/IP vem sendo modificada desde a década de 60. Como seu
design é bastante antigo, existem diversas vulnerabilidades inerentes ao
protocolo, que são bastante usadas por hackers;
5. cada octeto não pode ter um valor decimal acima de 255 afinal, 8 bits
somente conseguem assumir 256 combinações diferentes, o que dá, em
decimal, a contagem de 0 a 255.
Problemas comuns de configuração IP:
1. máscara errada;
2. endereço do gateway (roteador) errado;
3. porção rede errada, ou endereço IP duplicado.
I CMP (Internet Control Message Protocol)
A função do ICMP é basicamente de diagnóstico e tratamento de
mensagens. Através dele, é possível determinar por exemplo, quanto tempo um
pacote está demorando para ir a uma máquina remota e voltar (round trip),
bem como determinar se houve perda de pacotes durante a transmissão. Com
ele, também é possível determinar qual o caminho que um pacote está
seguindo a partir de uma máquina. O ICMP também possui outras funções
como o SOURCE_SQUENCH. Esta função permite ao protocolo IP saber se a
taxa de transmissão está muito rápida entre redes. Quando um roteador recebe
um pacote ICMP SOURCE_SQUENCH, ele sabe que terá de diminuir a
velocidade para não saturar o próximo roteador. Existem outros tipos de
pacotes ICMP, como o perigoso SOURCE_ROUTING, que possibilita a troca
temporária de uma rota.
TCP (Transmission Control Protocol)
O protocolo TCP é um protocolo de transporte, responsável pela entrega
correta dos pacotes. Sua principal característica é a confiabilidade. Para cada
pacote ou conjunto de pacotes que envia, espera do destinatário uma
confirmação da chegada dos mesmos. Caso isso não ocorra, ou o pacote
chegue corrompido, ele tratará de efetuar a restransmissão. Ele também coloca
nos pacotes um número de sequência, para que o destino possa remontar o
dado original, caso os pacotes sigam por caminhos diferentes ou cheguem
atrasados (fora de ordem). Este número de sequência também é usado como
recurso de segurança.
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UDP (User Datagram Protocol)
O UDP assim como o TCP, também é um protocolo de transporte.
Contudo, não possui nenhuma checagem de erros, confirmação de entrega ou
sequenciamento. Ele é muito utilizado em aplicações que necessitem de tráfego
urgente, e não sejam tão sensíveis a algumas perdas de pacotes. Exemplos de
aplicações que usam UDP como transporte: transmissão de áudio e video pela
rede (RealPlayer, Realvideo ou Media Player), jogos online (como Quake, Half-
Life). Pela falta do número de sequência ou confirmação de conexão, tráfego
UDP é muito mais vulnerável em termos de segurança.
DNS (Domain Name System)
No final da década de 70, começaram a pensar numa forma mais fácil de
tratar computadores ligados a uma rede TCPIP. Imagine que para estabelecer
uma conexão, você deve fornecer o endereço IP do destino, e o serviço que
deseja usar (e a porta), e o transporte. Decorar dezenas de endereços IP não é
uma tarefa fácil, tão pouco prática. O DNS foi concebido para evitar este
transtorno. Através dele, cada host recebe um nome, mais fácil de aprender,
dentro de uma hierarquia, o que ajuda ainda mais na hora de identificá-lo. Um
exemplo seria “www.invasao.com.br”. Este caso é uma referência ao servidor
www, dentro do domínio invasao.com.br. No Brasil, a entidade que controla o
registro de nomes (de forma a impedir fraudes e utilização indevida / registro
indevido) é a FAPESP – Fundação de Fomento a Pesquisa do Estado de São
Paulo.
Protocolos de Aplicação
Em cima da infra-estrutura fornecida pelos protocolos descritos até
agora, funcionam os protocolos de aplicação. Estes fazem a interface com o
usuário, ou com a aplicação do usuário. Exemplos de protocolos de aplicação:
HTTP (HyperText Transfer Protocol), FTP (File Transfer Protocol), SMTP (Simple
Mail Transfer Protocol), SNMP (Simple Network Management Protocol), POP3
(Post Office Protocol v.3), TELNET, e assim por diante. Cada protocolo de
aplicação se comunica com a camada de transporta através de portas de
comunicação. Existem 65536 portas possíveis, e por convenção, as portas de 1
a 1023 são conhecidas como “Well Known Port Numbers”, portas privilegiadas
ou portas baixas, que possuem serviços mais comuns previamente associados.
Cada protocolo de aplicação precisa de uma porta, TCP ou UDP, para
funcionar. Os mais antigos possuem suas portas padrão já determinadas.
Exemplo:
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Protocolo / Aplicação Porta Padrão Transporte
FTP 21 TCP
TELNET 23 TCP
SMTP 25 TCP
WINS NameServer 42 UDP
HTTP 80 TCP
POP3 110 TCP
SNMP 161 UDP
SNMP trap 162 UDP
As portas acima de 1023 são denominadas portas altas, e são usadas
como end points, ou pontos de “devolução” de uma conexão. Imagine uma
conexão como um cano de água conectando duas casas. A diferença é que
neste cano, a água pode ir em qualquer sentido. Portanto, ao tentar ler seu
correio eletrônico, provavelmente usará um protocolo chamado POP3, que
funciona na porta 110. Seu computador estabelecerá uma conexão com o
servidor de correio, na porta 110 remota, e 1026 (por exemplo) localmente. A
porta local é na maioria dos protocolos, uma porta acima de 1023, desde que
não esteja sendo usada.
Sockets (soquetes de comunicação)
Os sockets são a base para o estabelecimento da comunicação numa rede
TCP/IP. Através dele é que a transferência de dados se torna possível. Cada
conexão é montada por um socket, que é composto de 3 informações:
1. endereçamento (origem e destino)
2. porta origem / destino
3. transporte
Portanto, no caso acima, ao tentar ler seu correio, um socket será
estabelecido entre sua máquina e o servidor de correio. Para montá-lo,
precisamos:
1. do seu endereço IP e do endereço IP destino
2. porta origem / destino (neste caso, porta destino 110, origem 1026)
3. transporte (TCP)
Gerenciando Erros de Comunicação
Por padrão, existem alguns utilitários presentes na pilha TCPIP que
possibilitam ao usuário diagnosticar problemas. Alguns dos utilitários mais
usados são:
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PING (Packet INternet Grouper)
Este utilitário utiliza o protocolo ICMP para diagnosticar o tempo de
reposta entre dois computadores ligados numa rede TCP/IP. A partir daí, podese
ter uma estimativa do tráfego (se o canal de comunicação está ou não
saturado) bem como o tempo de latencia do canal. Ao contrário do que muitos
pensam, a latencia de um link está também diretamente ligada a velocidade do
roteador (em termos de processamento) e não somente a velocidade do canal
de comunicação.
...Então, O que é a Internet
Uma vez explicados os conceitos da pilha de protocolos usada na
Internet, e seu funcionamento, fica mais fácil entendê-la. A Internet nada mais
é do que uma rede enorme, a nível mundial, que usa como linguagem de
comunicação, a pilha de protocolos TCP/IP. Como tal, herda uma série de
vulnerabilidades inerentes à própria pilha TCP/IP, além de problemas e bugs
que possam existir nas aplicações que usam esta infra-estrutura de rede.
Muitos perguntam naturalmente como a Internet pode funcionar. Seu
conceito é bastante simples. Na década de 60, criou-se na Universidade de
Berkeley, em Chicago, uma rede experimental, para utilização militar. Esta rede
cresceu muito, dada a necessidade das próprias universidades de trocarem
informações. Ela se chamava ARPANET. No início da década de 80, esta rede
passou a utilizar apenas uma pilha de protocolos padrão, que na época passou
a se chamar TCP/IP. Pouco tempo depois, ocorreu a abertura desta rede para
fins comerciais, o que, ao longo de pouco mais de 10 anos, a transformou no
que conhecemos hoje.
A comunicação na Internet é provida através de backbones, ou espinhas
dorsais de comunicação (link de altíssima velocidade) mantidos por provedores,
pontos de presença, governos, entidades de ensino, e empresas privadas.
Contudo, para participar dela, uma série de requisitos precisam ser obedecidos.
O primeiro deles é relativo ao endereçamento.
Vimos que o endereço IP, numa rede, precisa ser distinto. Portanto, em
toda a Internet, não pode haver dois endereços IP iguais. Assim sendo, para
uma máquina se comunicar com outras na Internet, ela deve possuir um
endereço válido. Cada provedor de backbone possui um lote, ou intervalo de
endereços IP que pode fornecer aos seus clientes. Aqui no Brasil, podemos citar
a Embratel como provedora de backbone. Ao requisitar um link com a Internet
à Embratel, receberá juntamente com o link, um intervalo de endereços para
ser usado por seus computadores, ligados ao backbone da Embratel. A nível
mundial, o órgão que gerencia os endereços IP válidos chama-se IANA
(Internet Assigned Numbers Authority).
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Para que a comunicação seja possível a nível mundial, cada detentor de
uma rede (ou espaço de endereçamento) é responsável por estabelecer a
comunicação com seu provedor de backbone, bem como configurar seu
roteador ou roteadores com as rotas necessárias ao funcionamento de sua sub
rede. Se levarmos isso a uma escala mundial, cada detentor de uma sub rede
fazendo com que ela seja acessível através de um roteador corretamente
configurado, entendemos como funciona a Internet a nível administrativo (por
mais incrível que pareça).
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3. Entendendo a Invasão
“Na Internet Brasileira, a quantidade de vítimas, sejam
corporativas ou o usuário final, só não é maior pela falta
de conhecimento que nossos “hackers wannabe”
possuem, não pela quantidade de investimentos ou
medidas de contra-ataque adotadas, que são
desprezíveis.”
O Porquê da Invasão
Os motivos são diversos. Variam desde a pura curiosidade pela
curiosidade, passando pela curiosade em aprender, pelo teste de capacidade
(“vamos ver se eu sou capaz”), até o extremo, relativo a ganhos financeiros,
extorsão, chantagem de algum tipo, espionagem industrial, venda de
informações confidenciais e, o que está muito na moda, ferir a imagem de uma
determinada empresa ou serviço (geralmente, a notícia de que uma empresa
foi invadida é proporcional a sua fama – e normalmente um desastre em
termos de RP).
As empresas hoje em dia investem quantias fantásticas em segurança,
mas não no Brasil. O retrato do descaso à segurança de informações no Brasil é
claramente traduzido na falta de leis neste sentido. Além disso, existe um fator
agravante: quando existir o interesse em elaborar tais leis, serão por indivíduos
que não tem por objetivo principal a segurança em si. O resultado serão leis
absurdas, que irão atrapalhar mais do que ajudar. Um exemplo disso é o que
vem ocorrendo em alguns estados nos EUA. Nestes estados, a lei chega a ser
tão restritiva que até testes de vulnerabilidade são considerados ilegais, mesmo
com o conscentimento da empresa contratante do serviço.
Isto no aspecto empresarial.
No caso do usuário final, esse está entregue à sorte. Não existe nenhum
serviço de segurança gratuito, que possa ser utilizado pelo usuário. De qualquer
forma, existem diversas ferramentas e procedimentos que podem ser usados
para aumentar o nível de segurança de seu computador, digamos, em casa,
que acessa a Internet por um link discado. É justamente neste nicho de
mercado em que estão as principais vítimas, que inclusive, não são notícia no
dia seguinte a uma invasão. A quantidade de “wannabes” é enorme, e a
tendência é aumentar. Os wannabes estão sempre à procura de um novo
desafio, e o usuário final na maioria das vezes é a vítima preferida,
JUSTAMENTE pela taxa de sucesso que os Wannabes tem em relação ao
número de ataques realizados.
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Ponto de Vista do White-hat
O white-hat geralmente é um programador bem sucedido, que, na
grande maioria das vezes, é contratado como consultor de segurança. Nestes
casos, ele também recebe o nome de “Samurai”. Ao descobrir uma falha ou
vulnerabilidade, envia um “how-to”, ou procedimento para que o problema
seja recriado, para amigos ou pessoas de convívio próximo, que também
estejam envolvidas com segurança ou desenvolvimento. Uma vez confirmada a
falha, ela é reportada em listas de discussão que debatem o tema, onde os
maiores especialistas se encontram. Exemplos de listas:
NTBugtraq
A lista NTBugtraq é uma lista moderada por um canadense chamado Russ
Cooper. Ela discute segurança em ambiente Windows NT e 2000. O nível de
“barulho” ou de informações que não dizem respeito ao assunto é muito baixo
(Russ é bem rigoroso na moderação do grupo) portanto, a grande maioria das
informações é de nível alto. Para assiná-la, basta enviar uma mensagem para:
listserv@listserv.ntbugtraq.com
e no corpo da mensagem:
subscribe ntbugtraq Primeiro_nome Sobrenome
Contudo, antes de assinar esta lista, é aconselhável ler a FAQ da mesma
em:
https://ntbugtraq.ntadvice.com/default.asp?pid=31&sid=1
NT Security
A lista NT Security é uma lista NÃO moderada (espere por dezenas de
mensagens diariamente), mantida por uma empresa chamada ISS (Internet
Security Systems). Para assiná-la, a forma mais fácil é ir no seguinte endereço:
https://xforce.iss.net/maillists/
Os white-hats (os black-hats e crackers também) se mantém muito bem
atualizados. Ser inscrito em diversas lista de discussão, ler muito sobre o tema
e visitar sites de segurança é essencial. Alguns sites muito bons sobre o tema:
https://www.securityfocus.com/
https://www.hackers.com.br
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Ponto de Vista do Black-Hat
O black-hat possui tanta habilidade quanto o white-hat. Porém, ao
descobrir uma nova vulnerabilidade, não publicará esta na Internet: usará para
fins geralmente ilegais, em proveito próprio. Possui também profundos
conhecimentos de programação, e geralmente está empregado em alguma
empresa de desenvolvimento de sistemas, ou como programador-analista, ou
como responsável pelo suporte. Hoje em dia, podemos encontrar black-hats em
empresas de comunicação, assim como em provedores de acesso à Internet
(ISPs).
Contudo, ao contrário do white-hat, wannabe ou cracker, o black-hat
fará de tudo para manter sua identidade secreta, bem como suas atividades
ilegais. A própria natureza ilegal de suas realizações o mantém afastado de
qualquer publicidade. A maioria dos black-hats possui algum tipo de identidade
“digital”, ou pseudônimo na Internet, que afasta qualquer possibilidade de
identificação, como um email free (contas free de correio eletrônico, com
cadastro errado), e acessa a Internet por servidores de Proxy alheios (uma lista
de servidores proxy pode ser encontrada no anexo 6). Possui contas de acesso
a Internet em diversos provedores, de preferência em provedores muito
pequenos ou do interior, que não possuem um sistema exato para identificação
de chamadas ou conexões. Hoje em dia, provedores gratuitos fornecem este
acesso de forma bastante satisfatória, principalmente em grandes cidades.
Provedores gratuitos que não possuem senhas individualizadas, só podem
identificar um usuário pelo número da chamada. É aí onde entra o Phreaker.
Contudo, no Brasil, em grandes cidades, as companhias telefônicas NÃO
utilizam o sistema BINA (“B” Identifica Número de “A”), por motivos de carga
imposta às centrais telefônicas. A troca das informações de “caller ID”
necessárias à identificação do número origem de uma chamada gera uma
utilização maior das centrais. Muitas centrais que já estão em sua capacidade
máxima não conseguiriam operar com as informações de “Caller ID”
habilitadas. Assim sendo, se torna praticamente impossível identificar a origem
de uma chamada, por parte de um provedor de acesso.
Mesmo assim, teríamos o sistema de tarifação da companhia telefônica,
que, judicialmente, poderia comprovar a origem de uma ligação. Contudo,
existem várias formas de se “burlar” a tarifação. Uma delas é discar de um
telefone público isolado, em um horário de nenhum movimento (madrugada).
Outra opção é “roubar” uma linha telefônica diretamente em um quadro de
conexões de um quarteirão, ou até mesmo no próprio poste de iluminação
pública, ou em quadros de telefonia de um condomínio, por exemplo. A terceira
opção seria usar conhecimentos de “phreaking” para evitar que a companhia
telefônica consiga obter a identificação da chamada.
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Independente do método utilizado, o esforço empregado na identificação
será proporcional ao efeito das ações de um hacker. Um black-hat pode
perfeitamente usar os métodos descritos acima, de conexão através de um
provedor gratuito, apenas para identificar ou obter informações necessárias ao
seu trabalho. Uma vez determinada uma abordagem ou traçada uma
metodologia para se realizar uma invasão, aí sim, métodos mais avançados
podem ser usados, como roubo de linha (conhecido no Brasil como “papagaio”)
ou até phreaking, impedindo sua identificação.
Além do black-hat, temos os crackers e os wannabes, que de certa
forma, poderiam ser enquadrados como black-hats, mesmo não tendo
conhecimento para tal.
Os crackers farão ou tentarão fazer uma invasão apenas pelo desafio, ou
para enaltecer seu ego, junto ao espelho, ou junto à comunidade da qual
participa. Neste aspecto, o wannabe possui mais ou menos o mesmo ponto de
vista. Contudo, o wannabe usa mais suas “histórias” para se afirmar dentro do
seu grupo social do que o cracker. Um exemplo clássico do comportamento de
um cracker foi o demonstrado pelo Kevin Poulsen, hacker bastante conhecido,
que foi preso nos EUA por ter invadido a rede de defesa (ARPANET). Um
resumo sobre ele pode ser encontrado em:
https://www.zdnet.com/zdtv/thesite/0797w4/iview/iview747_072497.html
Como demonstrado, esta é uma diferença básica: o cracker possui algum
conhecimento e é mais objetivo em suas realizações. O wannabe geralmente
não é organizado, e tenta testar em tudo e em todos as novidades que
conseguir obter. Este é mais perigoso, pois pelo fato de atirar em todas as
direções, pode atingir qualquer um, eu, você, ou alguém conhecido / famoso. É
também o mais fácil de cair nas mãos da justiça, pela enorme trilha de pistas
que deixa no caminho por onde passa.
Vulnerabilidades em meu sistema
Todo e qualquer sistema, código, script ou programa, é vulnerável a
bugs. Todos estes são escritos por mãos (dedos) humanas, e concebidos por
mentes humanas, sujeitas a falhas. Por consequência, também estão sujeitos à
falhas.
A grande maioria dos furos de segurança surgem de bugs no código
original. Contudo, nem todos os bugs são furos de segurança. Obviamente, se
um bug surge em uma aplicação de editoração de imagens ou texto, não
necessariamente estará relacionada a segurança. Porém, se este bug é
descoberto e existe no software do firewall que sua empresa usa, ou você
possui instalado em seu computador, aí sim, estará relacionado diretamente
com segurança. É inclusive importante observar que muitos destes bugs
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surgem pela interação de programas. Digamos, que o programa original,
instalado em um contexto onde realiza suas tarefas sozinho, não apresente
falhas. Mas, a partir do momento que é posto para trabalhar em conjunto com
outro programa, expõe algum bug ou falha operacional. Estas por sinal são as
mais difíceis de diagnosticar, pois geralmente apresentam características
intermitentes.
Que Componentes São Vulneráveis
Qualquer um.
Principalmente se este está ligado diretamente a algum serviço de rede.
Existem diversos tratados, estudos e documentos discutindo estatísticas
de produção de bugs. Contudo, uma regra básica que sempre trará um bom
aproveitamento com relação à segurança é a seguinte: menos código no ar,
menos bugs, menos problemas de segurança.
Axioma 1 (Murphy) Todos os programas têm bugs.
Teorema 1 (Lei dos Programas Grandes) Programas grandes possuem ainda mais bugs do que o seu
tamanho pode indicar.
Prova: por inspeção
Corolário 1.1 Um programa relativo a segurança possui bugs de segurança.
Teorema 2 Se você não executar um programa, não importará se ele possui ou não bugs.
Prova: como em todos os sistemas lógicos, (falso verdadeiro) = verdadeiro.
Corolário 2.1 Se você não executar um programa, não importará se ele possui ou não bugs de
segurança.
Teorema 3 Máquinas expostas devem rodar tão poucos programas quanto possível; os que rodarem,
devem ser tão pequenos quanto o possível.
Prova: corolários 1.1 e 2.1
Corolário 3.1 (Teorema Fundamental dos Firewalls) A maioria dos hosts não consegue atender às
nossas necessidades: eles rodam programas demais que são grandes demais. Desta forma, a única
solução é isolar atrás de um firewall se você deseja rodar qualquer programa que seja.
(Firewalls and Internet Security: Repelling the Wily Hacker
William Cheswick / Steven Bellovin)
Conclusão: quanto menos serviços no ar, menor a possibilidade do
computador apresentar uma falha de segurança.
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Plataforma Windows: Windows 9x
O Windows 9x (95 ou 98) não foi concebido com segurança em mente.
Contudo, a Microsoft esqueceu que, com o advento da Internet, alguma
segurança deveria existir por padrão no sistema para evitar ataques pela
Internet, para usuários deste sistema. De qualquer forma, existem alguns
procedimentos que qualquer um pode adotar para tornar seu computador
windows 9x mais seguro. Obviamente, é praticamente impossível ter uma
funcionalidade de servidor de algum tipo, exposto à Internet, aliada à
segurança, com este sistema operacional.
A principal medida que deve ser adotada é a remoção do
compartilhamento de arquivos e impressoras para redes Microsoft, no painel de
controle. Caso seu computador participe de uma rede, dentro de uma empresa
por exemplo, consulte o administrador da rede ANTES de realizar qualquer
alteração. As empresas geralmente possuem políticas internas para tais
configurações.
Veja:
Através do ícone “Rede” no painel de controle, se tem acesso à caixa de diálogo
ao lado. Lá, você poderá encontrar o componente “Compartilhamento de
arquivos e impressoras para redes Microsoft”. Este componete transforma o
Windows 9x em uma espécie de servidor de rede que, se configurado de forma
incorreta, poderá abrir seu computador para qualquer invasor. Se não for
possível remover o componente, peça proprie-dades do adaptador dial-up
(como na imagem acima), vá em “Ligações” e desmarque a opção
“Compartilhamento de arquivos e impressoras para redes Microsoft”. Isso fará
com que o componente servidor do Windows 9x não esteja ativo através de sua
conexão via modem / dial-up.
Além da configuração de rede de um computador Windows 9x, existem
outros aspectos que devem ser observados. O primeiro deles é em relação à
atualizações. O Windows 9x possui um serviço bastante interessante, chamado
Windows Update. Através dele, quando conectado na Internet, você poderá
atualizar seu sistema automaticamente. Basta clicar o ícone “Windows Update”
no menu iniciar. Manter o seu sistema sempre atualizado é primordial para
manter a segurança.
O segundo aspecto é em relação a que serviços seu computador está
iniciando automaticamente ao ser ligado / inicializado. Olhe dentro do grupo
“Iniciar” por programas estranhos, e nas seguintes chaves no registro:
HKEY_LOCAL_MACHINESoftwareMiicrosoftWiindowsCurrentVersiionRunServiicesHKEY_LOCAL
_MACHINESoftwareMiicrosoftWiindowsCurrentVersiionRun Por padrão, apenas o
systray e algum programa anti-virus devem estar listados. Se em algumas
destas linhas está aparecendo algum programa que você tenha pego da
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Internet recentemente, é aconselhável instalar um anti-virus atualizado o mais
rápido possível. Provavelmente é um cavalo-de-tróia.
Indo um pouco mais além, você pode executar o comando “netstat –
an” para verificar se seu computador está configurado para “escutar” em
alguma porta suspeita. Isto também pode indicar algum cavalo-de-tróia.
Ao digitar o “netstat –an” você terá como resposta algo assim:
Microsoft(R) Windows 98
(C)Copyright Microsoft Corp 1981-1999.
C:WINDOWSDesktop>netstat -an
Conexões ativas
Proto Endereço local Endereço externo Estado
TCP 200.249.213.241:137 0.0.0.0:0 LISTENING
TCP 200.249.213.241:138 0.0.0.0:0 LISTENING
TCP 200.249.213.241:139 0.0.0.0:0 LISTENING
UDP 200.249.213.241:137 *:*
UDP 200.249.213.241:138 *:*
C:WINDOWSDesktop>
Essa é a típica resposta de um computador com uma placa de rede, que
não está conectado à Internet, e que acabou de ser iniciado. Note que ele está
escutando nas portas 137, 138 e 139. Para um computador Windows 9x, isso é
normal. Contudo, se você não realizou a instalação de nenhum programa de
rede em seu computador que o transforme em algum tipo de servidor, e ainda
assim portas estranhas aparecerem listadas, isto quer dizer que algo está
errado. Uma lista de portas que indicam cavalos-de-tróia pode ser encontrada
no anexo 3. Porém, alguns destes cavalos-de-tróia usam portas que por
padrão, são usadas por serviços conhecidos, como FTP – File Transfer Protocol
(porta 20 e 21), HTTP – Hypertext Transfer Protocol (porta 80) e assim por
diante. Portanto, antes de imaginar que está infectado, certifique-se de que tais
serviços não estejam rodando em seu computador. Uma lista com as portas
privilegiadas (conhecidas como “Well known port numbers”) pode ser
encontrada no anexo 4, bem como uma lista de portas não privilegiadas, acima
de 1024, podem ser encontradas no anexo 5. Caso o material não esteja à mão
e uma consulta seja necessária, dentro da pasta “WINDOWS” (Windows 9x)
ou “WINNTSYSTEM32DRIVERSETC” (Windows NT/2000) existe um arquivo
chamado “services” que contém as principais portas.
Plataforma Windows NT / 2000
O Windows NT/2000 foi concebido para suportar e operar sobre padrões
de segurança, ao contrário do Windows 9x. A intenção deste material não é
escrever um tutorial de segurança no Windows NT/2000, pois isso forçaria a
escrita de um material inteiramente novo. Porém, existem alguns tópicos que
podem e devem ser abordados, que contém conceitos básicos de proteção
usando este sistema operacional.
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A principal diferença em termos de segurança do Windows NT/2000 para
o 9x, nós podemos reconhecer logo no início: apenas um usuário válido pode
usar o computador localmente, bem como via rede, de acordo com as
permissões configuradas. Você precisa ser autenticado para ter acesso à
console. Portanto, manter um cadastro de usuários é necessário. Este cadastro
deve forçar os usuários a trocar de senha priodicamente, bem como exigir que
senhas de um determinado tamanho mínimo sejam usadas (em sistemas
seguros, é recomendado usar o máximo de caracteres suportados pelo NT: 14.
No caso do 2000, também podemos usar 14, pois é um bom valor. Contudo, o
Windows 2000 permite senhas de até 256 caracteres).
A primeira coisa que se deve fazer ao usar NT/2000 é escolher que
sistemas de arquivos você usará. Se segurança é um requisito, o sistema NTFS
deve ser usado. Contudo, o sistema NTFS não será visível por outro sistema
operacional, apenas pelo NT/2000 (O Linux pode enxergar partições NTFS para
leitura).
Em segundo lugar, logo após a instalação, o último “service pack” deve
ser instalado. Service packs são atualizações do Windows NT, disponíveis no
site da Microsoft. Estas atualizações são acumulativas, portanto, caso o último
service pack seja o 7, não será necessário instalar os anteriores. Apenas a
última versão. Observação: no Windows 2000, o método de atualizações foi
alterado. Ele está muito parecido com o do Windows 9x (através do Windows
Update). Portanto, para atualizar um sistema Windows 2000, basta escolher a
opção “Windows Update” no menu iniciar. Caso deseje baixar manualmente as
atualizações, poderá proceder pelo seguinte endereço:
https://www.microsoft.com/windows2000/downloads/
Uma vez instalado e atualizado, precisamos então realizar algumas
alterações no sistema para torná-lo mais seguro. Existem 4 alterações
essenciais: auditoria, remover serviços desnecessários, alterar as permissões
padrão do sistema de arquivos, e alterar as configurações de rede.
1. Auditoria
Em um sistema seguro, é primordial que exista algum tipo de auditoria,
onde certos erros de permissão sejam armazenados para análise. É
recomendado que no NT/2000, todos os objetos sejam auditados quanto à
falha de acesso. No caso do objeto “Logon/Logoff”, é também recomendado
que o sucesso seja auditado, para que uma análise de quem efetuou ou não
logon no computador, localmente ou via rede, seja possível. Não acione a
auditoria em processos ou em arquivos, a não ser que seja para depuração de
um problema de segurança eminente. Estes dois objetos causam muita
atividade de log, deixando o computador / servidor mais lento.
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2. Removendo serviços desnecessários
Alguns serviços que são instalados por padrão são considerados ou
vulneráveis a ataque, ou serviços que podem divulgar informações reservadas
do sistema, via rede. É recomendado parar tais serviços para impedir que isto
ocorra.
Os seguintes serviços precisam ser parados, e configurados para inicialização
Manual:
Alerter
permite que um suposto “hacker” envie mensagens de alerta para a console
Messenger
permite que um suposto “hacker” via rede visualize o nome do usuário
atualmente logado na console, através do comando nbtstat
Clipbook Server
permite que um usuário via rede visualize o conteúdo da área de trabalho
SNMP Service / SNMP Trap Service
São dois serviços que pemitem a utilização do Simple Network Management
Protocol. Se não possuírem uma intenção específica (como instalado pelo
administrador para monitoração do computador) ou se não estiver
corretamente configurado, pode revelar muitas informações sobre o
computador em si, como interfaces de rede, rotas padrão, entre outros dados.
É recomendado ter cautela com tais serviços
Scheduler
É um serviço que permite o agendamento de tarefas no sistema. Você pode
programar para que tarefas sejam executadas numa determinada hora.
Cuidado: por padrão, qualquer pograma iniciado pelo sistema de agendamento,
possuirá o contexto de segurança do próprio sistema, tendo acesso a
praticamente qualquer informação. Caso seja realmente necessário, crie um
usuário sem direitos (com direito apenas de executar a tarefa desejada) e
programe este serviço para ser inciado no contexto de segurança deste usuário
criado (no Windows 2000, o serviço se chama “Task Scheduler”)
Em computadores que são usados exclusivamente em casa, e que não
participam de nenhuma rede, apenas acessam a Internet através de um
modem, é recomendado também parar os seguintes serviços:
C omputer Browser
Serviço excencial a uma rede Microsoft. Permite que este computador seja
eleito um “Browser Master”, ou controlador de lista de recursos de um grupo de
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trabalho ou domínio. Numa configuração de apenas uma máquina, não é
necessário estar no ar
Server
O “Server Service” é o equivalente no Windows NT/2000, ao
“Compartilhamento de arquivos e impressoras para redes Microsoft”, do
Windows 9x. Da mesma forma, se seu computador não participa de nenhuma
rede, e apenas acessa a Internet via modem, este serviço pode ser parado, e
configurado para não iniciar automaticamente, assim como os demais.
Correio Eletrônico
O correio eletrônico, hoje em dia, é claramente o meio mais usado para
disseminação de vírus e cavalos-de-tróia. O email de certa forma é uma
aplicação bastante invasiva, e, por este motivo, todo cuidado é pouco ao
receber qualquer mensagem que seja, com um arquivo anexo. A maioria dos
usuários de rede e Internet hoje no mundo todo, acessam suas contas de
correio através de um protocolo de recepção de mensagens chamado POP3
(Post Office Protocol v. 3). Este protocolo, aliado à configuração padrão da
maioria dos programas clientes de correio, faz com que, ao checar sua caixa
postal, todas as mensagens sejam baixadas de forma não interativa. Caso
algum dos correios esteja infectado com um script ou cavalo-de-tróia, o usuário
somente saberá quando o correio já estiver dentro de sua caixa postal local.
Assim sendo, é muito comum o usuário, movido pela curiosidade, tentar
abrir qualquer documento anexo à mensagem. Boa parte dos cavalos-de-tróia
são programinhas gráficos apelativos, com mensagens que alimentam a
curiosidade do usuário, como pequenas animações, desenhos, ou coisas do
gênero. Ao executar algum programa destes, o usuário tem a impressão de que
nada ocorreu. Contudo, o cavalo-de-tróia tem uma segunda função, que
geralmente abre o computador para um ataque via Internet. Os cavalos-detróia
serão discutidos mais a frente.
FTP Voyager / FTP Explorer / WS_FTP
Estes 3 programas de FTP são bastante usados como clientes FTP. As
senhas de acesso a sites FTP são salvas ou no registro ou em arquivos dentro
da pasta do programa, e são criptografadas com um esquema bem fraco.
Existem também programas na Internet que podem ser usados para retirar
destes arquivos as senhas dos sites FTP. Recomendação: caso use um destes
programas para efetuar acesso FTP a algum site que tenha acesso diferente de
anonymous, NÃO escolha a opção de salvar a senha, ou lembrá-la.
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Microsoft SQL Enterprise Manager
O Microsoft SQL Enterprise Manager é uma console de gerência de
servidores Microsoft SQL 7.0, que utilizam como base o MMC (Microsoft
Management Console). Foi descoberta uma vulnerabilidade quando o usuário
registra um banco de dados para gerência, e opta por salvar a senha para uso
posterior. A senha é armazenada no registro do sistema com criptografia fraca,
sendo possível descobrir qual a senha. É recomendado NÃO salvar a senha, e,
ao registrar um novo banco de dados, marcar a opção de não salvar a senha e
perguntar pela informação de autenticação todas as vezes que entrar no
Enterprise Manager.
4. Técnicas de Invasão
Várias técnicas básicas de invasão ou de DoS exploram problemas
gerados pela má configuração de computadores e servidores em rede, que são
os alvos primários caso algum hacker se interesse em invadir uma determinada
rede.
Existem diversas técnicas de invasão, que poderíamos tratar melhor se
chamássemos de abordagens. Existem diferentes abordagens para diferentes
ambientes de rede. A abordagem usada na invasão de uma rede corporativa
será completamente diferente da abordagem usada em uma pequena rede que
talvez nem esteja conectada diretamente à Internet, como também será
diferente da abordagem usada para invadir um usuário apenas.
Desta forma, os seguintes passos podem ser adotados:
Probing
Hackers tentarão investigar sua rede para determinar: que serviços
rodam em quê servidores; quais são as versões destes serviços; quais
são os servidores, e onde estão localizados na rede; um esboço ou um
mapa da rede; relações de confiança entre os servidores; sistemas
operacionais utilizados; possíveis estações de gerência na rede; filtragem
de pacotes (se existir); sistema de detecção à intrusão – IDS (se existir);
honeypots ou potes de mel (se existirem); portscanning (passivo e com
spoofing se possível). Se for justificável, utilização de war dialing. Descobrir
qual a relação da rede interna da empresa, com a rede de gerência
(entenda-se por rede interna, aquela usada pelos funcionários).
Observação importante: dependendo da “inteligência” do suposto
hacker, a fase de probing será realizada através de algum método que
impossibilite sua identificação, como através de provedores gratuitos ou através
de linhas telefônicas roubadas.
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E ngenharia Social (Social Engineering)
O próximo passo, ou realizado em paralelo, será a utilização de técnicas
de engenharia social. Através destas técnicas, informações valiosas
poderão ser obtidas. Descobrir informações pessoais sobre o(s)
administrador(es) da rede; informações sobre fornecedores de suprimentos
e manutenção; descobrir quem tem acesso privilegiado a qualquer servidor
ou estação; avaliar o grau de conhecimento desta pessoa (quanto menor,
melhor, se possuir acesso privilegiado); descobrir números de telefone
importantes (o número de telefone do administrador, das pessoas envolvidas
com a administração da infra-estrutura, telefones de departamentos como
comercial); tentar também obter uma lista de endereços de correio
eletrônico importantes. Tentar obter informações do suporte telefônico da
empresa, caso possua. Obter acesso ao lixo da vítima, se possível (sim, os
filmes que falam de hackers o fazem geralmente de forma bastante errada:
contudo, nisso eles acertaram: uma das maiores fontes de informação sobre a
vítima será seu lixo).
A partir daí, o próximo passo será tentar relacionar as informações
coletadas até agora. Baseado nas informações levantadas no primeiro passo, o
hacker irá pesquisar na Internet e na sua comunidade sobre vulnerabilidades
existentes nas versões dos programas, serviços e sistemas operacionais usados
pela rede.
Além disso, caso a relação da rede interna com a rede de gerência seja
direta, uma abordagem baseada em cavalos-de-tróia será interessante. O
objetivo passará a ser conseguir ter acesso ao tráfego da rede interna. Isto
pode ser feito enviando trojans para departamentos administrativos,
comerciais, e financeiros. A maioria dos funcionários destes departamentos são
leigos e não saberão a diferença entre um documento do Word e um
executável anexo ao seu correio eletrônico. É bem provável que, com alguns
dias de investigação do tráfego da rede interna, você consiga alguma senha
com direitos de administração. Como administradores de rede tem o hábito de
usar a mesma senha para diversas ferramentas, se na primeira fase alguma
ferramenta de gerência remota foi achada, então, é mais do que provável que
as senhas serão idênticas.
Independente da abordagem adotada, o hacker terá duas coisas em
mente: objetividade, e máxima dissimulação. Tudo será feito sem pressa, para
não levantar suspeitas. Ele poderá até tentar fazer amizade com alguém que
tabalhe na empresa (isso é mais fácil do que parece: basta visitar os mesmos
lugares que essa pessoa visita, principalmente se estes lugares forem escolas,
universidades ou clubes, pois nestes lugares existe um sentido maior de união).
Obviamente, tudo isso dependerá da informação que se deseja obter: o hacker
avaliará se todo o esforço vale a pena. Contudo, lembre-se que muitos fazem
pelo desafio, e superarão enormes dificuldades somente para provar a si
mesmos que são capazes.
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P rogramas Usados para Obter Informações
Diversos programas podem ser usados para obter informações sobre a
rede ou computadores / servidores remotos. Alguns deles são:
C A Unicenter TNG FrameWork
(https://www.cai.com)
Este é um programa extramamente caro, da Computer Associates, que
tem por objetivo a gerência completa da uma infra-estrutura de TI, desde
módulos de anti-virus até backup. Porém, o módulo básico, chamado
“Framework”, é gratuito, e pode ser baixado do site da CA para avaliação.
Porém, apesar de gratuito, o módulo básico possui o mapeamento de rede via
SNMP (Simple Network Management Protocol) incluido. Com esta aplicação,
usando o protocolo SNMP, que a grande maioria dos roteadores, switches, e
outros equipamentos de conectividade suportam, inclusive servidores, é
possível construir o mapa de uma rede com detalhes impressionantes. Portanto,
é primordial numa rede, que o firewall filtre tráfego SNMP (portas 161 e 162).
Existem outros programas que usam o SNMP prara construir o mapa de
uma rede. Podemos citar o Tivoli, o Lucent NavisAccess, e o SNMPc. Porém,
qualquer ferramenta SNMP pode ser usada.
Essential Net Tools
Programa fantástico que explora a má configuração de computadores Windows
conectados a Internet. Através dele, é possivel, dado um intervalo de
endereços IP, visualizar quais destes estão com o compartilhamento de
arquivos e impressoas ativado, e com algo compartilhado. Você ficaria surpreso
com a quantidade de computadores que possuem a raiz do drive C:
compartilhada, permitindo acesso a qualquer arquivo dentro do disco, inclusive
o .pwl, arquivo que possui a senha salva dos usuários deste computador. Para
evitar que o EssNetTools seja efetivo, é necessário filtrar no firewall as portas
usadas pelo NetBIOS (135, 136, 137, 139 e 445, tcp/udp).
C IS (Cerberus Internet Scanner)
O CIS é um pequeno programa de análise de vulnerabilidades. Apesar de
pequeno, é impressionante. Ele roda sob Windows NT 4 / 2000 e, dado um
endereço IP, ele produzirá uma página HTML com todos os testes realizados. O
CIS testa por vulnerabilidades conhecidas, como finger, VRFY (SMTP), DNS,
Web, entre outras. O mais impressionante é quando ele consegue acessar as
informações de contas de usuários de uma máquina Windows NT, má
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configurada. Para evitar a efetividade do CIS, é aconselhável usar ele próprio,
analisar quais vulnerabilidades foram encontradas, e saná-las uma a uma.
WhatsUp Gold
O WhatsUp é um programa desenvolvido pela empresa IPSwitch, com a
intenção de ser uma ferramenta de monitoração de rede. Porém, ele possui
internamente uma função usada para “descobrir”, dado um intervalo de
endereços, quais estão ou não ativos, bem como outras informações, como o
nome das máquinas. Bastante eficiente em redes Microsoft, com ele você
poderá ter uma idéia de quantas máquinas estão ativas numa determinada
classe, por exemplo. Para barrar o WhatsUp, basta filtrar as portas do NetBIOS
e tráfego ICMP.
TELNET
O próprio telnet do Windows pode ser usado para descobrir que versão
um determinado servidor está rodando, por exemplo, de sendmail, servidor
web, POP3 ou FTP. Para isso, basta disparar um TELNET para a porta do
serviço desejado.
Vejamos:
telnet invasao.com.br 25
220 dominus.elogica.com.br ESMTP Sendmail 8.9.3/8.9.3; Wed, 29 Mar 2000 20:38:40 –0300
Agora, sabemos que o servidor é um sendmail, versao 8.9.3. Aliado ao
nmap, descobrimos qual o sistema operacional.
Trojan Horses e Back Doors
Os trojan horses são programas que demonstram um determinado tipo
de comportamento, ou se propõem a uma determinada tarefa, geralmente a
realizam, proém, sem que o usuário saiba, executam alguma outra tarefa. Esta
segunda função na maioria das vezes abre o computador para invasões ou
acesso remoto.
Hoje em dia, existem inúmeros programas do tipo trojan horse, ou
cavalo-de-tróia, mas o conceito aplicado a informática existe a décadas. O
primeiro programa usado como trojan horse que ganhou a comunidade foi o
NetBus. Após o NetBus (que é tido como um software de gerência remota, e
não como um trojan horse), surgiram diversos outros, sendo o mais famoso
deles, o Back Orifice. Este, foi criado por um grupo de hackers que se entitulam
“The Cult of the Dead Cow”, ou cDc
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Veja no anexo 7, uma coletânea de telas de trojans conhecidos. Cada um
destes programas pode ser removido através de um bom programa de antivirus,
como o Norton anti-virus, o AVP, ou o TrendMicro. Todos estes anti-virus
possuem download para avaliação (30 dias) e poderão salvar sua pele, mesmo
que você não compre o programa (desisntale em seguida).
https://www.antivirus.com
Já os backdoors podem ter mais ou menos a mesma funcionalidade de
um trojan, mas possuem outras intenções. Quando um hacker consegue acesso
a um sistema, uma de suas primeiras atitudes será instalar backdoors no
sistema. Estas backdoors lhe permitirão voltar a ter acesso a este sistema se
por acaso o dono / usuário ou administrador descobrir que sua segurança foi
violada. Uma backdoor pode ser na forma de um programa (assim como os
trojans), como um script (principalmente em ambiente UNIX), ou até como uma
série de procedimentos (criar uma conta com direitos de administração , com
um nome comum).
Buffer Overflow
Buffer overflows são consequência direta de péssimos hábitos de
programação. Consiste em enviar para um programa que espera por uma
entrada de dados qualquer, informações inconsistentes ou que não estão de
acordo com o padrão de entrada de dados. De forma resumida, seria mais ou
menos tentar encaixar uma bola de basquete em um buraco de golf.
Em programas que não tratam a consistência dos dados de entrada,
pode haver uma desestruturação do código em execução, permitindo que
código estranho seja enviado e executado. Imagine um buffer de entrada de
dados configurado para receber 32 bytes. Imagine agora que este mesmo
buffer não possui uma checagem da consistência dos dados. Agora, tente
enviar mais do que 32 bytes. Isso normalmente estourará o buffer (buffer
overflow), e normalmente, o que passar de 32 bytes, invadirá outras áreas de
memória do sistema. Dependendo de que áreas sejam estas, é possível fazer
com que esta “carga extra” também seja executada. É exatamente aí onde
mora o perigo.
No anexo 8, temos um exemplo de buffer overflow no Windows NT.
As formas mais comuns de buffer overflow são encontradas em
servidores web e de FTP. Ao se submeter uma URL muito grande (geralmente
acima de 150 caracteres) o servidor para de responder. Vários softwares
servidores Web e FTP famosos já foram vítimas de tais vulnerabilidades, como
o Apache Web Server, o Internet Information Server, o Serv-U FTP Server, War
FTP d, entre outros. No ambiente UNIX, existem ou existiram diversas
vulnerabilidades deste tipo nos servidores de SMTP (envio de correio) e POP3
(recebimento de correio).
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Exploits
Exploits são pequenos scripts ou programas que exploram uma
vulnerabilidade de segurança. Seria mais ou menos como encontrar um furo
numa cortina, enfiar os dois dedos, e arrebentar o furo. Geralmente são
códigos locais (precisam ser executados no computador que se deseja
comprometer), apesar de existirem exploits remotos (via rede). O nome
“exploit” também é atribuido as vulnerabilidades descobertas em softwares
(sistemas operacionais, servidores, programas em geral). Existem diversos sites
de segurança que falam sobre exploits mais recentes. Os mais famosos são:
RootShell
Internet Security Systems Xforce
PacketStorm Library
CIAC (Computer Incident Advisory Capability)
CERT (Computer Emergency Response Team)
5. Outros Tipos de Ataques
Existem outros tipos de ataque que, se não permitem uma quebra de
segurança direta, como o comprometimento das informações armazenadas em
um servidor, ajudam nos ataques de invasão, muitas vezes até tornando-os
possíveis.
DoS (Denial of Service)
Como o próprio nome sugere, ataques deste tipo geralmente não
compromentem a privacidade dos dados. A finalidade de um ataque DoS é tirar
um serviço, servidor, computador ou até mesmo uma rede do ar. Os ataques
do tipo DoS são usados muitas vezes em conjunto com invasões, ou porque
alguns tipos de invasões exigem que determinados computadores não estejam
funcionando (como no caso do spoofing) ou para despistar / desviar a atenção
da invasão em si. Ataques DoS também são usados simplesmente para
“atrapalhar” ou desacreditar um serviço.
Os ataques DoS na sua grande maioria usam buffer overflows para
conseguir obter sucesso. Contudo, qualquer forma de tirar um computador,
erviço ou rede do ar é considerado um ataque DoS. Por exemplo, a maioria dos
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servidores que possuem alguma segurança possuem também logs de acesso
(arquivos de sistema onde são armazenadas informações críticas, como acesso,
autenticação e etc). Imagine que o administrador coloque os logs no mesmo
espaço em disco do sistema. Assim, se gerarmos milhares (talvez milhões) de
entradas no log, o arquivo irá crescer até ocupar todo o disco. Outro tipo de
ataque DoS comum: várias redes possuem programadas uma ação, caso um
login tente por diversas efetuar logon e erre suas credenciais. Esta ação
geralmente é o bloqueio indeterminado da conta (login), que apenas pode ser
restaurado com a intervenção do administrador. Forçar o travamento de uma
conta destas é considerado um ataque DoS, principalmente quando esta conta
é a usada por algum serviço (se a conta for bloqueada, o serviço sairá do ar).
Já ataques que visam tirar do ar uma rede, ou um servidor através de
tráfego excessivo, ou enviando pacotes de rede inválidos também são
possíveis. A cerca de 2 anos atrás, foi lançado na Internet uma vulnerabilidade
em pilhas TCPIP de computadores Windows. Consistia em enviar para um
determinado serviço, pacotes TCP com uma sinalização de “urgência”. Contudo,
o conteúdo do pacote era composto de caracteres inválidos. Este ataque DoS
ficou conhecido como OOB (Out Of Band data). Hoje em dia, a grande maioria
das pilhas TCPIP são protegida contra este tipo de ataque, e variações. Porém,
como no velho ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, se a
quantidade de informação inválida for realmente muito grande, ainda existe a
possibilidade de tirar do ar o computador. Para se obter a quantidade suficiente
de pacotes, o ataque do tipo DoS foi extendido, para o que conhecemos hoje
como DDoS (Distributed Denial of Service).
DDoS (Distributed Denial of Service)
Os ataques do tipo DDoS consistem geralmente em enviar para uma
única máquina ou rede, milhões de pacotes de rede ou requisições de serviço,
em um dado momento. Obviamente, não existe maneira de gerar este tráfego
todo de um único ponto. Daí surgiu a idéia do DDoS: várias máquinas
espalhadas por toda a Internet, enviando tráfego simultaneamente, para um
mesmo servidor, estação ou rede.
Os ataques do tipo DDoS ficaram conhecidos a partir dos ataques
recentes realizados contra sites na Internet populares, como yahoo.com,
amazon.com, zdnet.com, entre outros. Contudo, utilitários que exploram ou
criam ataques DDoS, apesar de difíceis de obter, já existiam desde meados de
1999.
A lógica de um ataque DDoS é bem simples. Imagine um servidor de
páginas web, que normalmente recebe 100.000 acessos por dia. Agora,
imagine que 200 ou 300 computadores espalhados pela Internet, ao mesmo
tempo, e continuamente, enviem requisições de acesso à página. Dependendo
do número de requisições, o servidor poderá deixar de responder simplesmente
porque chegou ao seu limite de conexões.
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Existem outros tipos de pacotes ou requisições de conexão que tem uma
eficácia muito maior do que uma simples requisição de acesso web. Contudo, o
segredo está em como gerar este tráfego ou requisições, de várias máquinas
espalhadas pela Internet. Isto é feito através de 2 componentes de software: o
agente ou server (software, programa ou “daemon” que é executado nas
máquinas espalhadas pela Internet), e o cliente (componente que “controla” a
ação dos agentes).
Os agentes ou servers são colocados para rodar em servidores
espalhados pela Internet por hackers, que invadem os sistemas. Existe uma
ferramenta de ataque DDoS chamada trin00 onde o agente é um vírus para a
plataforma Windows (é colocado em execução em computadores como um
trojan ou cavalo-de-tróia). Uma vez disseminados os agentes, o “hacker”
através do cliente, envia um comando de ataque para os agentes, ao mesmo
tempo, atacarem uma determinada rede ou máquina.
Trin00, TFN (Tribe Flood Network, Schaft)
Estes são 3 exemplos clássicos de ferramentas de ataque DDoS. O trin00
já foi portado para a plataforma Windows, enquanto o TFN é o mais usado. Já
o Schaft, apesar de relativamente antigo, é bem mais raro de ser achado.
Atualmente, existe uma forma do agente do trin00 que infecta computadores
como um cavalo-de-tróia. Já o TFN possui uma versão chamada TFN2K, com
várias melhorias, incluindo até criptografia da conversação entre o cliente e os
agentes, de forma a burlar a detecção destas ferramentas.
Em ambientes corporativos ligados à Intenret, a forma mais comum de
detecção é através da quantidade de tráfego. Na maioria das redes que
possuem monitoração de tráfego, a característica será uma série de tentativas
de conexão, ou tráfego, gerado de diversas máquinas da rede interna, paraum
único endereço na Internet.
A regra básica é impedir tráfego não autorizado, não só “entrando” na
rede, mas também, a partir dela.
No anexo 9, existem 2 documentos bastante interessantes sobre ataques
DDoS.
IP Spoofing
A técnica de spoofing possui uma lógica bastante simples. Muitos
serviços antigos que são executados em hosts UNIX dependem de uma relação
de confiança, baseada no endereço de rede de um determinado host. Digamos
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que um serviço determinado, só aceite comandos ou conexões de um
computador que esteja em um determinado endereço IP pré configurado. A
técnica de spoofing consiste em “personificar” este computador na qual a vítima
confia. Basicamente, precisa-se ter o endereço IP da vítima, o endereço IP do
computador “confiado”, ter algum modo de tirar o computador “confiado” do
ar, saber como quebrar o número de sequência TCP da vítima. Teoricamente,
quaquer serviço que tenha sua segurança dependente apenas da confirmação
de um endereço origem de rede, é vulnerável a este tipo de ataque. É uma
técnica bastante apurada, e que requer geralmente uma certa dedicação. No
anexo 10, a técnica e descrita em detalhes em um ótimo whitepaper.
6. Seu Computador Foi Invadido ?
A primeira reação natural é desligar o computador imediatamente.
Contudo, apesar de parecer ser algo lógico para um usuário final, em uma
empresa definitivamente não é a melhor abordagem.
O Que Fazer ?
Usuário final
O usuário terá muita dificuldade de detectar que foi invadido. A não ser
que o hacker wannabe deixe sua “assinatura” dentro do computador, o típico
usuário na grande maioria das vezes sequer saberá que alguém mexeu em seus
arquivos, a não ser qe possua algum utilitário para detectar uma invasão. Em
todo caso, se isto for verdade, o usuário acabou de provar que o programa não
funciona (...).
A primeira coisa que deve ser feita é instalar um bom anti-virus e
executá-lo fazendo uma varredura em todo o sistema. Isso eliminará a
possibilidade de cavalos-de-tróia. Caso não ache nada, então é muito provável
que, se o seu computador é Windows, ele foi invadido pelo compartilhamento
de arquivos e impressoras para redes Microsoft, ou por algum serviço que
esteja sendo executado, como FTP ou HTTP.
Usuário Corporativo
Neste caso, o administrador da rede deve ser notificado
IMEDIATAMENTE. NÃO DESLIGUE, ou desconecte o computador! Parte da
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análise que será feita depende inteiramente do fato de que o hacker ainda não
sabe que foi descoberto. Simplesmente chame o administrador. Ele tomará
alguma abordagem.
Precauções
“Jamais fale com estranhos na rua, ou aceite qualquer
coisa de um estranho”.
Mais uma vez, lembre-se que segurança é um hábito. Se seguir os
procedimentos relacionados aqui, dificilmente alguém invadirá seu computador.
Contudo, mesmo que você siga estes procedimentos, lembre-se também da
segurança local. Não adianta tomar nenhuma precaução e deixar alguém mexer
no seu computador inadvertidamente, ou sem acompanhamento. Da mesma
forma, jamais use um computador compartilhado para digitar senhas ou
informações sensíveis, MESMO QUE lhe dêem todas as seguranças possíveis e
imagináveis.
Análise Forense
Assim como em qualquer estudo criminalístico, o estudo sério da
criminalidade envolvendo informática também tem seu ramo de análise forense.
Contudo, pela própria informalidade do ambiente de informática nas empresas,
e pela ausência de um corpo de estudo criminalístico na polícia, o assunto é
tratado como conto de fadas.
Grandes empresas que possuam uma infra-estrutura de TI proporcional,
terão provavelmente sua própria equipe de TI, de segurança, e,
consequentemente, de análise forense. Estudos mostram que a maioria dos
ataques partem de dentro da empresa. Levando isso em consideração, faz-se
necessária a presença de uma equipe que estude casos como por exemplo,
proliferação de vírus. Porém, o objetivo principal da análise é a investigação de
uma falha, com a intenção de colher evidências, que ajudem no processo de
responsabilização, bem como no reparo dos danos e da própria falha.
O trabalho do investigador forense é baseado em provas digitais, dados
armazenados em sistemas de informática. A característica destes dados é sua
fácil volatibilidade. Dados podem ser alterados com muita facilidade,
estragando uma prova crucial, ou incriminando quem não tem nada a ver com
a história.
O especialista em segurança deve:
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Colocar na mesma rede do computador / sistema comprometido um
outro computador, geralmente um notebook, e analisar o tráfego
Desconectar o computador da rede
Analisar cada processo que o computador possui no ar
Tentar recuperar cada log possível, retirá-lo do computador e guardá-lo
em um local seguro
Só então o computador poderá ser desligado.
Firewall (Incluindo Personal Firewall)
Como o nome sugere (do inglês, “parede ou porta corta fogo”), os
firewalls são esquemas de hardware, software, ou os dois juntos, capazes de,
baseados em características do tráfego, permitir ou não a passagem deste
tráfego. Basicamente, o firewall analisa informações como endereço de origem,
endereço de destino, transporte, protocolo, e serviço ou porta. Para cada
pacote que passar pelo firewall, ele consultará uma ACL (Access Control List, ou
lista de controle de acessos), que é uma espécie de tabela de regras, que
contém informações sobre que tipo de pacote pode ou não passar. Baseado
nesta informação, rejeita ou repassa o dado. Contudo, ao contrário do que
muitos pensam, um firewall não é apenas UM produto, seja hardware ou
software. O firewall é um CONJUNTO de componentes, geralmente compostos
por hardware e software.
Para que um esquema de firewall seja eficiente, algumas regras devem
ser observadas:
1. todo tráfego entre as redes PRECISA passar pelo firewall ou filtragem
2. deve existir alguma forma de reporting ou log, para se ter uma idéia de
que tipo de tráfego está sendo rejeitado
3. O firewall em si deve ser imune à penetração / invasão (deve rodar o
código mais simples possível, e a menor quantidade de código possível)
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A seguir, vemos um esquema simples de firewall:
Existem outros modelos para uso com firewalls. O modelo mais eficiente
é o de “zona desmilitarizada”. Nele, servidores e computadores críticos são
protegidos tanto da rede interna quanto da rede externa. Veja:
Existem alguns produtos, ou soluções de software bastante
interessantes, que tentam implementar o mesmo princípio de um firewall em
seu computador. Estes programas são chamados de Personal Firewalls, e são
bem baratos, ou de graça. Alguns deles:
ZoneAlarm
Muito bom produto, um dos melhores, e gratuito. Ainda está em beta,
mas é bem estável. Nào recomendo a sua instalação em um computador
Windows 2000 com mais de um processador.
Norton Internet Security 2000
https://www.symantec.com/sabu/nis/
Fantástico produto da Symantec, aclamado por diversas revistas e
publicações especializadas. O núcleo do componente de filtragem veio de outro
produto, o atGuard, da WRQ, que era vendido até o final do ano passado. A
Symantec licenciou o produto e construiu essa suite de proteção. Inclui até
anti-virus.
Para quem usa Linux, por padrão, o núcleo do sistema possui filtragem
de pacotes. Atualmente, a ferramenta usada (no caso do RedHat) o IPChains.
Firewalls: Filtragem
Internet
Rede Segura
Firewall Firewall
Invasor Invasor
Invasor Invasor
Permitido Permitido
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IDS (Intrusion Detection Systems)
Os IDS são sistemas avançados capazes de detectar, em tempo real,
quando um ataque está sendo realizado e, baseado nas características do
ataque, alterar sua configuração ou remodelá-la de acordo com as
necessidades, e até avisar o administrador do ambiente sobre o ataque.
Sistemas de IDS são geralmente caros, e exigem certas modificações na rede.
Na maioria das vezes está acoplado a um sistema de firewall, ou possui este
embutido.
Os IDS são sistemas descentralizados, com a filosofia de agentes e
servidores. Componentes instalados nos equipamentos, estações de trabalho e
/ ou servidores, monitoram as atividades da rede, e reportam a um servidor.
Este servidor, obedecendo a uma série de regras de comportamento, toma a
atitude designada para cada tipo de ocorrência.
Existem também computadores ou agentes autônomos, que possuem a
única função de analisar todo o tráfego da rede e submeter os resultados para
o servidor central. Estes agentes funcionam porque numa rede ethernet
(apdrão usado em 98% das redes locais) todo o tráfeog é compartilhado.
Portanto, este agente terá sua interface de rede em modo promíscuo, apenas
para capturar todo o tráfego, ou “sniffar” a rede, a procura de algum padrão
suspeito.
Para maiores informações, existe um ótimo documento sobre IDS que
pode ser acessado em:
https://www.sans.org/newlook/resources/IDFAQ/ID_FAQ.htm
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“Trust no one. Be afraid, be very afraid”.
(81) 3221-9116 / 3221-9124
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